O estilo é eterno e chic, sobrevive as variações  de tendências mas permanece  porque é um clássico.

A história nos conta que as listras atualmente amadas por todos, no passado eram associadas  a exclusão e desonra pela Igreja que era quem ditava as regras, até animais selvagens como as zebras eram considerados amaldiçoados. Na Idade Média o padrão foi proibido de ser usado pela sociedade através de leis do vestuário, só era permitido  aos marginais, criminosos, devedores e prostitutas. O confronto entre duas cores era sinônimo de divisão, rebeldia, marginalidade e transgressão.

Apesar das várias revoluções culturais e sociais surgidas nos séculos seguintes trazendo mais liberdade ao homem, as listras ainda continuavam associadas ao proletariado, aos uniformes de presidiários, ladrões, malandros e marinheiros miseráveis.

A moda adora experimentar e modificar conceitos pré-estabelecidos. Em 1917, Coco Chanel que adorava o novo começou a demonstrar interesse e passou a observar melhor esta estética, criando  para si mesmo peças com este padrão marginal, adotando então  um estilo que se tornaria  sinônimo de sofisticação e elegância e que jamais morreria.

Deauville , um famoso balneário francês frequentado pela alta sociedade parisiense,  foi um dos primeiros  endereços das lojas Chanel e também o lugar onde  Mademoiselle exibia com muita classe  esta novidade que  rapidamente foi copiada pelas ricas frequentadoras.

Nos anos 80, Jean Paul Gaultier se rendeu as listras que passaram a fazer parte de todas as suas coleções.

Nesta nova temporada navegue por estes mares e experimente novas sensações, sonhe com barcos e iates e invente looks incríveis.

Chloé,  Kate Spade,  Louis Vuitton,  Sonia by Sonia Rykiel e Valentino mergulharam nestas águas.

Bon Voyage!

Claudia Simon