Costuma-se dizer que a vitrine é o cartão de visitas de uma loja, é o desejo que nos desperta a vontade de adquirir algo que está ali tão perto e tão longe apenas nos separando do objeto que tanto nos seduz.

O filme Bonequinha de Luxo ( Breakfast at Tiffany’s) estrelado pela atriz Audrey Hepburn contém nos primeiros minutos uma das imagens mais emblemáticas do cinema , Holly Golightly uma excêntrica party playgirl,  durante um amanhecer em Nova York com um copo de café nas mãos, para em frente a vitrine da loja de joias Tiffany& Co. e  fica admirando e cobiçando aqueles fabulosos diamantes.

Uma bela vitrine vale mais que mil palavras, quantas vezes entramos em uma loja somente porque alguma peça, acessório ou objeto nos chamou a atenção, e, de repente como em um passe de mágica num impulso consumista precisamos comprá-lo a qualquer custo, correndo o risco de estourar o cartão de crédito.

As grandes marcas de moda mundiais investem pesado em suas vitrines contratando pessoal especializado para torná-las as mais atraentes do mercado.

A enorme cadeia de lojas espanhola Zara  não investe em publicidade e não empresta peças para editoriais de moda. Amancio Ortega o bilionário dono da rede acredita que 90% do sucesso de sua marca se deve as suas belíssimas vitrines e é aí que ele concentra o seu investimento de marketing.

As grandes lojas de departamento de Londres ( Harrods e Selfridges), Paris ( Printemps e Galeries Lafayette) e Nova York ( Macy’s, Barneys, Bergdorf Goodman, Bloomingdale’s, Saks) montam as mais deslumbrantes vitrines de Natal que chegam a ser pontos turísticos, tentando surpreender a todos.

Claudia Simon