Diana Vreeland

Diana Vreeland by claudia simon

“ Fashion must be the most intoxicating release from the banality of the world”

Mrs. Vreeland foi um ícone da moda, editora das duas maiores revistas americanas,  Harper’s Bazaar e Vogue e conhecida pela sua grande criatividade e temperamento forte.

Diana Dalziel filha de pai inglês e mãe americana, nasceu e viveu sua infância em Paris voltando com a família para Nova York as vésperas da 1ª Guerra Mundial. Sua infância foi bem difícil, pois era comparada todo o tempo pela sua mãe  com a sua irmã que era muito bonita. Diana não se encaixava nos padrões de beleza vigentes, porém tinha outros atributos como a elegância, charme e principalmente a inteligência.

Em 1924 se casou com o banqueiro Thomas Vreeland,  em 1929 se mudou para Londres por causa da quebra da bolsa de NY e da grande depressão americana. Passou a frequentar a alta sociedade inglesa e se tornou amiga de Wallis Simpson futura Duquesa de Windsor, Cole Porter, Cecil Beaton e Gertrude Lawrence.

Em 1936, de volta a NY conheceu Carmel Snow editor da Harper’s Bazaar, que a viu deslizando na pista de dança do Hotel St. Regis com um lindo vestido Chanel,  Carmel adorou o seu estilo e a convidou para ser colunista da revista.  A coluna se chamava Why Don’t You? E ela aconselhava as leitoras a se reinventarem, tópico que ela conhecia muito bem. Este trabalho que ela julgava temporário, foi apenas o começo de uma carreira brilhante dentro da moda.

Revolucionou o jornalismo de moda, modificando o conceito pré estabelecido.  Antes da era Vreeland, os editoriais eram feitos por socialites que vestiam outras socialites,  ela passou a mostrar as novidades e trends do mercado  incluindo  designers americanos, supervisionando  os fotógrafos e trabalhando com modelos. Richard Avedon famoso fotógrafo que durante 40 anos trabalhou em parceria com Diana em seus criativos editoriais, credita a ela o início de uma nova profissão.

Imortalizou a figura de nomes como Twiggy,  Marisa Berenson e Cher, transformou os padrões de beleza elevando mulheres exóticas ao patamar de belas como Angelica Houston e Barbra Streisand.

Vreeland como toda pessoa genial e talentosa tinha um temperamento difícil e por muitas vezes fazia exigências extravagantes, mas sabia como ninguém orquestrar tudo com muita maestria dentro do seu lendário escritório vermelho. Acreditava que as personalidades e celebridades eram fascinantes e arrebatadoras, e que tinham muito a acrescentar aos seus artigos.

Em 1963 assumiu a editoria de moda da Vogue onde permaneceria até 1971. Produziu fantásticos editoriais de moda na Ásia, África e Oriente Médio e transformou a revista na mais importante publicação do mundo.

Em 1971 foi demitida da Vogue, mas rapidamente se recuperou ao receber o convite para trabalhar no Costume Institute do Metropolitan Museum de NY. Seu trabalho consistia em convencer  mulheres ricas e designers a doarem seus acervos de Haute Couture  para o museu e a partir daí organizar exposições, porém, como se tratava de Mrs. Vreeland  novamente ela mostrou ao mundo algo completamente novo.

Em 1989, já bastante debilitada por um enfisema pulmonar esta estrela nos deixou, mas seu trabalho será sempre lembrado por muitas e muitas gerações.

 

Claudia Simon