Os anos 90 foram decisivos na estruturação da mulher moderna, foi nesta década que ela conseguiu respeito suficiente para se firmar no competitivo mercado de trabalho.

Imaginou-se então, que o século XXI traria para ela mais autoconfiança, amor próprio e autoestima elevada, infelizmente apesar de alcançar o sucesso profissional a mulher contemporânea passou a encarar o espelho como o seu pior inimigo.

Hoje o que se vê é uma busca desenfreada pela beleza, perfeição, juventude eterna, a mulher preocupada com uma imagem imposta por uma sociedade onde precisa-se rigorosamente seguir um padrão estético. Dietas e exercícios físicos feitos de uma maneira controlada são bem vindos, o problema é quando a mulher extrapola querendo desesperadamente ser alguém diferente do seu biotipo.

Pode-se dizer, então, que se inicia a ¨Era da Paranóia Corporal¨. Bulimia, anorexia,uso de anabolizantes, excesso de cirurgias plásticas, depressão são algumas das consequências da falta de autoestima ou da busca, quase utópica, pelo corpo perfeito. Quantas adolescentes sonhando se transformar em uma topmodel acabaram anoréxicas? Ou, então, de alguma mulher que, antes mesmo de curtir seu bebê, já estava pensando no agendamento de sua cirurgia plástica pós-parto? Ou ainda aquelas que estavam em depressão por não conseguirem alcançar o peso ideal?

Segundo o Dr. Carlos Fernando Gomes de Almeida famoso cirurgião plástico brasileiro, ele já recusou a realização de inúmeras intervenções simplesmente por estas não se fazerem necessárias. ¨Nunca operei na ausência de necessidade¨. É importante prestar atenção, para o fato de muitas mulheres preocupadas em manter-se nos padrões estéticos a qualquer custo, arriscarem a sua saúde, portanto o mais importante é ser feliz e se aceitar pois cada uma tem o seu diferencial e isto é o grande charme de qualquer mulher.

Claudia Simon

*Colaborador: Sabrina Moreira